Os últimos anos do mercado imobiliário em Portugal tem sido uma verdadeira mina de ouro para a economia portuguesa, sendo responsável pela criação de milhares de postos de trabalho, crescentes investimentos privados e, consequentemente, aumento na receita fiscal ao Estado. O setor da construção, passados alguns anos de crise e tempos difíceis, também experimenta um boom. Zonas que estavam antes abandonadas e decrépitas, encontram-se hoje a ser reabilitadas e cada vez mais vivas, o que beneficia o comércio local e, principalmente, o turismo.
Em 2019 não foi diferente. O investimento em ativos imobiliários em Portugal poderá ter superado os €34 mil milhões, segundo os dados preliminares apresentados pela JLL e a Cushman & Wakefield, sendo que a maior parte do dinheiro vem de investidores estrangeiros.
Para Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), em 2020 é provável que haja um abrandamento do mercado, isto devido à falta de stock, seja para compra e venda, seja para o arrendamento. Os produtos disponíveis atualmente acabam por ser vendidos a preços mais elevados.
A consultora Cushman & Wakefield afirma que em 2020 Portugal deverá manter a “popularidade” como destino de investimento. Nas previsões para este ano, Eric van Leuven, Diretor Geral da consultora comenta:
Para que este cenário otimista permaneça tornam-se necessárias parcerias público-privadas, entre autarquias e construtores, com bolsas de terrenos e garantias de recolocação de imóveis no mercado a preços acessíveis, assim como a tentativa de procurar no mercado externo, potenciais construtoras que tenham vontade de investir em Portugal, construindo em escala, e garantindo assim o aumento da oferta a valores acessíveis.
De acordo com a Comissão Europeia, “a economia nesta zona está atualmente no seu sétimo ano consecutivo de crescimento, e a estimativa é que continue a expandir-se não só neste ano, mas como em 2021”. Prevê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) da área do euro cresça 1,1% em 2019 e 1,2% em 2020 e 2021.
Portugal está a adotar uma série de políticas intervencionistas que terão impactos diretos no mercado imobiliário, a começar pelo Banco de Portugal que colocou um travão à concessão de crédito de habitação, uma medida para evitar que se repetissem os erros que culminaram na crise de 2009.
Alguns projetos já aprovados - entre eles “O Programa renda acessível” e a “Lei das bases da habitação” - surgem com o objetivo de garantir o direito à habitação aos mais necessitados e principalmente disciplinar o setor imobiliário.
Já os famosos “Vistos Gold” estão agora restritos às regiões de interior, excluindo deste regime propriedades localizadas nas cidades portuguesas de Lisboa e Porto. A medida tem como objetivo, combater a especulação imobiliária e a escalada dos preços nas grandes áreas metropolitanas, e levar investimentos às regiões de baixa densidade, através da requalificação urbana do património cultural, no investimento produtivo e na criação de empregos.
As novas SIGI (Sociedade de Investimento e Gestão Imobiliária) prometem mexer com o mercado e ter um efeito propulsor neste ano. O objetivo é de promoção e captação de investimento direto estrangeiro, através da concessão de benefícios fiscais a este tipo de empresas.
Com este novo cenário surgem também novas modalidades para investimento e rentabilidade, com a chegada da chamada “CoRevolution”, na qual os conceitos de CoLiving e o CoWorking, bem como o Student e o Senior Housing, ganham visibilidade e mercado, e abrem novas possibilidades para quem está no mercado imobiliário e para quem usa os imóveis.
Em 2020, a projeção da imagem de Portugal no mundo é uma das prioridades inscritas no Orçamento do Estado da área, informa o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
O Ministro sublinhou também a importância de internacionalizar a economia e de «fazer valer recursos do ponto de vista da geopolítica e da presença em cena internacional».
Para o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) estão a ser considerados uma série de ajustes fiscais com impacto direto no mercado de habitação e imobiliário, entre eles, estão alguns benefícios no que tocam a IRS, IMI, IMT entre outros. Alguns dos principais tópicos são:
Já os benefícios fiscais para reformados estrangeiros que se instalam no país, lançado em 2009, aparece com mudanças à vista.
Nos últimos anos, o regime de residentes não habituais tem impulsionado o investimento imobiliário em Portugal, pois conta com mais de 27 mil beneficiários.
A nova proposta passa por manter a isenção para quem já possui, mas reduzir para quem a solicite no futuro. Atualmente, os reformados estrangeiros beneficiam de uma dupla isenção de impostos, sendo que nenhum IRS lhes é exigido, nem em Portugal, nem nos seus países de origem, por via de acordos para evitar dupla tributação.
O mercado imobiliário português encontra-se, neste momento, numa fase de grande crescimento. Os especialistas acreditam que este “boom imobiliário” deverá permanecer nos próximos anos.
Apresar das eventuais mudanças anunciadas pelo Governo no regime dos Vistos Gold, Luís Lima, da APEMIP afirma que “A manutenção da procura por estrangeiros vai depender das eventuais mexidas ou não que possam haver sobre os programas de captação de investimento, e no que diz respeito à fiscalidade aplicada sobre o setor. Não nos podemos esquecer que o investimento imobiliário é um negócio, e como tal quem investe procura alguma estabilidade”.
Conforme a agência de notação financeira Moody’s, o preço dos imóveis em Portugal tem subido nos últimos anos e esta tendência deve manter-se com um aumento de 4% em 2020. Segundo um estudo realizado pela agência de “rating” prevê-se para este ano:
Sobre o interesse dos estrangeiros em investir em Portugal, Francisco Horta Costa, da CBRE, comenta que Portugal continuará a ser um mercado de “eleição” para os investidores, uma vez que é um mercado atrativo para o talento, “muitos deles jovens profissionais de indústrias tecnológicas”.
Pedro Lancastre, da JLL, refere o “excesso de liquidez a nível mundial”, que faz com que os investidores sintam necessidade de investir esse capital, “optando por Portugal por ser um país que apresenta condições favoráveis, quer ao nível da estabilidade política, do crescimento económico (acima da média europeia), como da qualidade de vida (atrativo na relação entre o dia-a-dia de trabalho, a família e o lazer)”.
O imobiliário vive dias felizes e assim deverá manter-se em 2020. Entre balanços do ano que ficou e previsões para 2020, o setor segue acalorado e cheio de energia com notícias de novos projetos e investimentos.
Entre 14 e 31 de março de 2020, a equipa da ListGlobally conduziu uma pesquisa entre 696 compradores de imóveis que consultaram imóveis nas nossas plataformas. De seguida, apresentamos as nossas principais conclusões :
Embora as transações tenham diminuído neste período, esta é uma boa oportunidade para alcançar pessoas que estão em casa a pesquisar online. Tendo em conta esta tendência, resolvemos observar os nossos dados internos e concluímos que existe um aumento de 3x nas consultas de propriedades por parte de compradores chineses nas últimas 6 semanas.
Embora as viagens e as transações tenham diminuído nas últimas semanas, ainda é possível fazer muita coisa através das nossas ferramentas e recursos online:
De facto as transações imobiliárias continuam. Por isso esta é uma oportunidade para as pessoas que não podem viajar, mas podem muito bem visualizar propriedades online, especialmente porque têm mais tempo do que antes para fazê-lo. A disponibilidade é fundamental neste momento, por isso seja criativo.
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