O número de estrangeiros a escolherem Portugal como o seu destino de eleição para residir tem vindo a aumentar de ano para ano
Segundo o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) divulgado no passado mês de junho – com dados referentes a 2018 -, é notório o aumento do número de estrangeiros a residir em Portugal. Este número subiu pelo terceiro ano consecutivo, com 480.300 cidadãos estrangeiros titulares de autorização de residência a viver em terras lusas.
De acordo com os dados apresentados, destaca-se:
- Aumento de 45,9% de cidadãos oriundos de Itália face a 2017;
- Cidadãos brasileiros continuam a ser a maior comunidade estrangeira a residir no país (105.423 indivíduos);
- Número de cidadãos oriundos de França tem vindo a aumentar, registando assim um aumento de 29,1%.
Qual o perfil da população estrangeira em Portugal?
De um universo de cidadãos estrangeiros residentes, a população potencialmente ativa é de 81,1%. Esta percentagem representa 208.730 indivíduos com idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos.
Segundo o RIFA, há vários fatores que influenciam o aumento desta vinda de cidadãos estrangeiros para terras lusas. Entre eles destaca-se a perceção de Portugal como um país seguro. Para além disso, podem ainda usufruir de benefícios fiscais destinados a todos aqueles considerados Residente Não Habitual.
Cerca de 68,9% da população estrangeira opta por se mudar para cidades como Lisboa (213.065), Faro (77.489) e Setúbal (40.209). Isto é, mais de dois terços de cidadãos estrangeiros tendem a concentrar-se essencialmente em três zonas do país.
Contudo, existem algumas regras para a atribuição de autorizações de residência. Em 2018, os motivos mais relevantes denotam uma alteração clara no perfil do indivíduo que procura estabelecer-se em Portugal. Isto porque têm uma situação financeira estável e bom nível de escolaridade.
De todos as razões para a alteração de residência para solo Português, salientam-se o exercício de uma atividade profissional, estudos e o reagrupamento familiar.
Segundo dados revelados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2018 as autorizações de residência para investidores estrangeiros mediante a transferência de capitais, criação de postos de trabalho ou compra de imóveis, atingiu a marca dos 848 milhões de euros. Deste montante, cerca de 762 milhões de euros correspondem a 1.332 operações realizadas por aquisição de imóveis, através do benefício Vistos Gold.
A par disso, foram ainda registadas 72 operações de transferência de capital de valor igual ou superior a um milhão de euros, totalizando assim cerca de 76 milhões de euros. Por fim, mas não menos importante, foram concedidas ainda cinco autorizações de residência provenientes da criação de pelo menos uma dezena de novos postos de trabalho.
Os titulares de Autorização de Residência para Atividade de Investimento têm alguns benefícios. Destes destaca-se o direito ao reagrupamento familiar, acesso à autorização de residência permanente, bem como o direito a requerer a nacionalidade portuguesade acordo com a legislação em vigor.
A relação entre estrangeiros e o investimento no mercado imobiliário
O mercado imobiliário tem vindo a expandir-se no que diz respeito ao investimento por parte de indivíduos estrangeiros. Prova disso são os 1.952 imóveis residenciais comprados em 2018 em Lisboa. Ou seja, em média, cada investidor gastou cerca de 425,5 mil euros. Estes negócios envolveram casas mais caras, aumentando assim a quota de investimento estrangeiro em habitação.
Estes dados fazem parte do relatório divulgado no passado mês de maio pela Confidencial Imobiliário– entidade que compila dados sobre o mercado imobiliário. Percebe-se também que, só em Lisboa, os estrangeiros são responsáveis por investimentos na ordem dos 675,6 milhões de euros, marcando assim um crescimento de 67% face ao ano anterior.
O estudo revelou ainda que 80 nacionalidades diferentes investiram em Lisboa, sendo que os investidores de França (18%), China (14%), Brasil (8%), Reino Unido (7%) e Estados Unidos da América (7%), representam metade do valor investido.
Segundo uma análise mais geral feita pela APEMIP, as vendas a estrangeiros somaram cerca de 35 mil casas no país. Ou seja, corresponde a 20% das vendas de habitações no ano de 2018.
Quais as preferências dos cidadãos das principais nacionalidades investidoras?
Tendo em conta os dados relativos a compradores internacionais, percebe-se que os brasileiros e, sobretudo, os franceses lideram a tabela de compradores em Portugal.
"Cidadãos destes países têm apostado um pouco por todo o país e nota-se verdadeiramente uma descentralização do investimento para fora das principais cidades. Por outro lado, continua a haver uma manutenção das transações feitas por cidadãos britânicos, que preferem, tal como é tradicional, a região algarvia. Os locais mais procurados são as tradicionais zonas de praia e os centros históricos de Lisboa, Porto e de outras cidades do país”, conta Luís Lima, presidente da APEMIP.
De acordo com José Cardoso Botelho da VanguardProperties, - numa entrevista dada à revista Vida Imobiliária- “os franceses valorizam projetos com traça e charme". Isto porque para eles interessa-lhes imóveis antigos, com história, “que remetam para as tradições portuguesas”.
Cardoso Botelho, na sua análise, salienta ainda a preferência pela “tipologia T2, com boa exposição solar, vista para o rio/mar e com zonas exteriores”. No que diz respeito à região,os franceses querem implementar-se naquelas zonas cujo “espírito de vida de bairro”esteja presente, assim como em áreas bem servidas de “comércio de rua, onde podem fazer tudo a pé”. Outro aspeto que têm em consideração quando procuram casa é a “proximidade ao Liceu Francês” tanto em Lisboa como o Porto.
Quando falamos da zona Sul, em particular do Algarve, “demonstram interesse por localidades com comunidades estabelecidas, preferencialmente perto do mar”. Contudo, apesar de privilegiarem habitações com áreas comerciais circundantes, não põem de lado a opção de se mudarem para pequenas quintas situadas nas zonas mais rurais.
Segundo Luís Lima, a instabilidade política, social e económica, são alguns dos fatores que levam a que o povo brasileiro opte por comprar casa em Portugal.T2 e T3 são as tipologias prediletas e essencialmente em condomínios que ofereçam segurança. Para além disso, priorizam também a proximidade a serviços, educação e mercado de trabalho, uma vez que a grande maioria vem com a família e/ou filhos.
No que diz respeito aos cidadãos britânicos, estes podem ser divididos em dois perfis diferentes.
O primeiro é composto por casais com mais de 50 anos de idadeque procuram uma segunda casa, seja para viverem permanentemente, seja para passar alguns meses por ano.
Estes cidadãos procuram propriedades cujo preço varia entre 400 mil euros e 1 milhão de euros. A zona geográfica com mais procura é o Algarve, mas há ainda uma procura bastante significativa nas áreas da Grande Lisboa e Porto. Optam por casas com dois/três quartos, junto à praia e do campo, cuja oferta para desportos e restaurantes nas proximidades seja elevada. Outro aspeto que valorizam é a boa cobertura Wi-Fi nas zonas que escolhem como sua habitação permanente ou temporária.
Ao longo dos últimos anos, tem vindo a surgir um segundo perfil. Neste estão incluídos profissionais mais jovenscujos objetivos de aquisição de imóveis em Portugal são investimento e/ou negócios.
Os dados supramencionados foram revelados por Christina Hippsley – Diretora Geral da Câmara do Comércio Portuguesa no Reino Unido – numa entrevista ao Diário Imobiliário.
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