Portugal elogiado pelo mundo no combate à Covid19

O elogiado desempenho de Portugal face à COVID-19.

Portugal está debaixo das luzes da ribalta não porque arrecadou um prémio, mas pela forma como está a combater a COVID-19. É geral. O mundo inteiro não se cansa de tecer elogios quer aos governantes quer à propria população. Sendo a terra de Camões uma exceção na Europa, é tida como um exemplo a seguir.

Os dados não enganam: o mundo conta já com mais de 2.000.000 pessoas contaminadas. Segundo os dados revelados pela Universidade Johns Hopkins, o continente europeu é um dos mais afetados com 1.010.858 casos e 85.271 vítimas fatais confirmados. 

No que diz respeito a Portugal, na primeira quinzena de Abril, contabilizava-se cerca de 18.000 casos confirmados e 599 óbitos, traduzindo-se assim numa taxa de letalidade de 5.5% por 100.000 habitantes, uma percentagem inferior à da maioria dos países da Europa. Portugal tem conseguido controlar a evolução da pandemia, o que o deixa nas “bocas do mundo”.

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Então, qual é o “truque” de Portugal?

Ainda que no início estivesse quase colocada de parte a hipótese da COVID-19 chegar a terras lusas, a verdade é que chegou e fez estragos. Portugal ficou com os olhos postos em países como Espanha e Itália para perceber a evolução do contágio e como poderia reagir quando a pandemia chegasse ao seu território. Isto fez com que se pudessem tomar medidas antecipadamente e não se cometessem os mesmos erros que noutros países. 

A par disso, existem alguns fatores que têm influência direta na contenção da propagação da pandemia em Portugal:

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  • Geografia: Portugal situa-se no extremo oeste da Europa e é o único país europeu com fronteiras terrestres apenas com um país: Espanha.
  • Turismo: ainda que viva muito do turismo, Portugal não hesitou. Em plena época alta fechou as fronteiras aéreas fazendo com que o número de turistas infetados fosse menor.
  • Confinamento voluntário: antes de ser decretado Estado de Emergência, a população portuguesa começou a isolar-se por opção própria.
  • Atuação política: os partidos uniram-se e o governo de António Costa atribuiu títulos de residência temporária a estrangeiros com todos os direitos associados, abriu linhas de crédito para empresas, estendeu os prazos de apoios sociais, entre outros.

Portugal e Espanha deram as mãos e juntos tentam achatar as curvas da pandemia. Isto só é possível porque foram criados pontos de passagem entre os países e com regras bastante restritas.

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A hospitalidade e a solidariedade dos portugueses

Se há coisa que é conhecida, é a hospitalidade e a solidariedade dos portugueses. Quando é preciso ajudar estão sempre na linha da frente. A Câmara Municipal da Cidade do Porto desenvolveu um vídeo para apelar a que todos fiquem em casa, até porque é na zona Norte onde há maior concentração de casos confirmados.

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Curioso(a) por saber o que anda o mundo a dizer de Portugal?

Veja aqui as principais reportagens publicadas por país: 

Qual o impacto da COVID-19 na economia?

Apesar de ser cedo para se avaliar o impacto a médio e longo prazo da COVID-19 na economia mundial, os especialistas já começam a divulgar algumas previsões. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que haverá uma contração de 3% em 2020. Como tal, já se considera um impacto bastante mais acentuado do que o da crise financeira instaurada entre 2008 e 2009. 

Por outro lado, Kristalina Georgieva, Diretora Geral do FMI, acredita que a economia irá crescer 5.8% em 2021, caso a pandemia comece a dissipar-se no segundo semestre deste ano.

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A Economia Portuguesa

No que diz respeito à economia portuguesa, as projeções continuam alinhadas com as de outros países, principalmente do continente europeu. Uma vez que esta crise tem características muito próprias, nunca antes vistas, as previsões são: a recuperação da economia depende de muitos fatores que interagem entre si também de forma diferente, dificultando então a criação de uma previsão exata. Contudo, podemos desde já apontar que entre os fatores a considerar temos a evolução da pandemia, a intensidade, e a eficácia dos esforços de contenção.

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Quais as medidas já adotadas pelo governo português?

O Governo português adotou uma série de medidas extraordinárias com o objetivo de ajudar as empresas a suportar o impacto económico da COVID-19. O valor inicial das linhas de crédito duplicou, passando de 3 mil milhões de euros para 6,2 mil milhões.

Estas medidas visam reduzir ou aliviar os compromissos perante a banca, o fisco, a segurança social, e assim proporcionar meios financeiros para continuar a pagar aos fornecedores e aos trabalhadores que se mantenham em funções. Contudo, de notar que as medidas estão a ser revistas periodicamente afim de se fazerem os ajustamentos necessários para seja viável preservar os empregos e as empresas a laborar.

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E como fica o setor imobiliário?

Não há dúvidas que a COVID-19 está a ter impactos no setor imobiliário. Já é possível observar mudanças na forma de trabalhar, com os profissionais a recorrerem mais ao uso de recursos tecnológicos e ao mundo digital, para assim tentar minimizar os prejuízos e manter a rotina de trabalho.

A nível de apoio por parte do governo, foram criadas algumas diretrizes, tais como:

  • linhas de financiamento à atividade empresarial da mediação imobiliária;
  • ajudas nas rendas - a senhorios e inquilinos;
  • e moratórias no crédito à habitação.

Novas oportunidades também estão a surgir, e muitos imóveis que estavam antes em alojamento local, estão agora a migrar para o mercado de arrendamento. Assim como já é possível observar uma ligeira queda nos preços praticados.

Hugo Santos Ferreira, vice-presidente executivo da Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) revela que Portugal continua na mira dos investidores:

“O retorno que temos recebido por parte dos investidores e dos nossos associados internacionais (que representam 45% da nossa massa associativa) é que continua a existir intenção, a médio e longo prazo, de investir em Portugal até porque voltamos, aos olhos do mundo, a ser um bom aluno e a passar com nota positiva este exame difícil. Acredito que iremos beneficiar muito com isto no futuro”.

Contudo, admite que, para já, o sentimento partilhado é de “tranquilidade cautelosa”.

No seu artigo recentemente publicado, a Forbes classifica Portugal como a primeira opção em países para se ter em consideração para viver a reforma no cenário pós-COVID-19. 

Não se esqueça de consultar os dados mais atualizados sobre a COVID-19 aqui.

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